GOT7 fala sobre construir seu caminho em meio ao aumento do interesse por K-Pop nos EUA
agosto 01, 2018Já fazem quatro anos desde que o grupo masculino GOT7 lançou seu primeiro single, "Girls, Girls, Girls". Desde então, eles lançaram uma variedade de álbuns e mais de uma dúzia de singles tanto em coreano quanto em japonês, e a recente turnê mundial mostrou-os lotando arenas em ambas as costas dos Estados Unidos nesse mês. Conhecidos por suas inclinações tanto ao lado alegre quanto ao do hip-hop resoluto, em adição à coreografia cheia de truques, eles construíram uma base de fãs dedicados conhecida como IGOT7 (ou Ahgase), que tem contribuído para impulsionar o grupo a se tornar um dos grupos de K-pop mais proeminentes internacionalmente.
Durante sua recente viagem à Nova Iorque para apresentar um show esgotado no Barclays Center, no Brooklyn, o grupo refletiu o quão longe eles chegaram desde a última vez que estiveram em turnê pelos EUA em 2016. "Agora o local de show é maior", disse o rapper Jackson, referindo-se a como o grupo se apresentou anteriormente no Playstation Theater, na Times Square, cuja capacidade era, aproximadamente, 17.000 assentos a menos do que a do Barclays. "E o K-pop, a cultura do K-pop, está começando a receber mais atenção na América. Tudo está indo muito bem para nós, muito tranquilo, nesses últimos dois anos e nos sentimentos abençoados".
Os integrantes do GOT7, cuja maioria atende por seu nome de nascimento, vêm da Coreia do Sul (Lim "JB" Jae-beom, Park Jinyoung, Choi Youngjae, Kim Yugyeom), de Hong Kong (Jackson Wang), da Tailândia (BamBam, legalmente conhecido como Kunpimook Bhuwakul) e dos Estados Unidos (Mark Tuan), mas foram reunidos pela gravadora coreana da "Big 3", JYP Entertainment, depois de passarem por uma variedade de treinamento. Ao contrário dos estereótipos sobre o sistema do K-pop e sua falta de criatividade artística, os sete rapazes desempenham papeis principais na criação de sua música e performances; o single coreano mais recente, "Look", foi co-escrito por JB, enquanto BamBam, Yugyeom, Youngjae e Jinyoung também possuem créditos no EP lançado em março, Eyes On You.
Resumir a indústria do K-pop a uma forma manufaturada de música é moralmente repugnante aos membros do GOT7, que declaram que isso desdenha os esforços tanto das estrelas que apresentam as músicas quanto daqueles por trás das cenas, sejam eles escritores ou funcionários da empresa. "Mesmo que, se, [os cantores] estejam sendo instruídos a serem de uma certa forma, eles estão se esforçando muito e dando o seu melhor", disse JB, que atende pelo nome "Defsoul" quando produz música. "As pessoas deviam olhar para o modelo do K-pop sob uma luz positiva, porque ainda que um artista não faz suas próprias músicas, ele está sendo o vaso para a música que alguém criou, e há muito tempo e esforço investido nisso, o que por si só já é arte".
Jinyoung pensa de modo similar, especialmente desde que muitos artistas de K-pop estão tendo um papel mais ativo em suas identidades criativas. "Eu entendo que as pessoas vêem isso como manufaturado ou produção em massa, mas é como um gênero em sua essência", ele disse. "A indústria se expandiu muito e estou curioso para saber se as pessoas ainda diriam isso agora, porque existem muitos grupos na atualidade que estão produzindo sua própria música".
GOT7 declara que dentro de apenas quatro anos de carreira, ainda há muito para se amadurecer como escritores ao passo em que aprendem o trabalho. "Eu ainda estou explorando sons diferentes para ver como expressar melhor a mim mesmo", disse Youngjae, que escreve música sob o nome artístico ARS e se juntou com Sanjoy, Stephen Rezza e Elliott Yamin em "Victim of Love" no ano passado. Como parte dessa curva de aprendizado, JB explicou que recentemente começou a ouvir a música que escrevia no passado para tomar seu amadurecimento até o presente como inspiração, a fim de continuar escrevendo mesmo quando sente que há muitas falhas. Yugyeom, o membro mais novo do grupo, em seus 20 anos, admite "apenas se divertir" enquanto explora sua musicalidade, o que resultou em atualizações regulares em sua página no Soundcloud.
O grupo admite querer revisitar algumas músicas, como "Stop Stop It", de 2014, apesar de dizerem que isso se deve mais às escolhas infelizes dos visuais do clipe do que a quaisquer outros problemas com a música em si; macacões largos estavam envolvidos. Outros singles antigos, como "Just Right", de 2015, também conta com sons aos quais eles gostariam de voltar. "Mais daquelas músicas com batidas alegres, mas talvez as performances não precisem ser tão fofas", sugeriu Mark, que logo foi repreendido por BamBam e Jinyoung. "'Look' é assim, não é?", perguntou o primeiro. "Isso é 'Look'!", declarou o segundo.
Como líder e o membro compositor mais proeminente do grupo, há uma divisão entre a música que JB tem de produzir versus o que ele gostaria de lançar. "Para o GOT7, eu tenho que criar músicas animadas, mais energéticas, que são feitas para performance", ele disse. As coisas que eu gosto são mais modernas, e elas podem ser um pouco mais obscuras, mas esse é o tipo de música que eu gosto e procuro fazer. Ainda há uma diferença entre o que eu quero fazer e o que eu tenho que fazer, mas agora me sinto mais confortável explorando essas diferenças. Ultimamente, eu venho entendendo que ambas as músicas que eu quero fazer e as que eu tenho que fazer me trazem felicidade". Verse 2, o EP do ano passado que ele lançou como parte da sub-unit do grupo, JJ Project, junto com Jinyoung, contou notavelmente com músicas mais introspectivas e tranquilas do que a discografia típica do GOT7.
Os homens do GOT7 se consideram sete partes de um todo e vêem essas buscas individuais como extensões de uma entidade unida, junto com coisas como a atuação de Jinyoung, BamBam e Mark trabalhando com a Represent em suas próprias linhas de roupa, e a carreira de Jackson na China como uma personalidade de televisão e artista de hip-hop. “É apenas uma ampliação de mim mesmo, na minha música,” de acordo com Jackson, que já viu quatro singles seus no topo da Billboard's China V Chart, incluindo o single de abril “Dawn of Us.” No futuro, é previsto que todos eles continuem a explorar suas carreiras individuais; todos os membros expressam interesse em atuar, mas após a sugestão de Jackson, temem a ideia de uma sequência para sua websérie de 2015, Dream Knight (“Não, não, não,” declarou BamBam.) Outras possíveis carreiras, como Youngjae seguir com musicoterapia e BamBam aprender a ser bartender, também foram rejeitadas.
Ter vários membros que falam inglês - BamBam, Jackson, Jinyoung e Mark; todos seguiram sem precisar de um tradutor durante a conversa - possibilitou que a equipe interagisse confortavelmente com os fãs estadunidenses, e ambos, BamBam e Jackson, tornaram-se representantes do K-pop na Tailândia e na China, respectivamente. Apesar de todos os grupos de K-pop da JYP desde 2008 (2PM, miss A, GOT7, TWICE, DAY6 e Stray Kids) apresentarem, pelo menos, dois integrantes multilíngues, senão estrangeiros, o GOT7 não vê isso como uma exigência para o crescimento da indústria. “Eu não acho que grupos de K-pop precisem de membros de países diferentes,” diz Mark, que também fala mandarim, antes de acrescentar que “é um adicional” ser capaz de se comunicar com o público internacional.
O objetivo do GOT7 é promover mais o K-pop internacionalmente, especialmente nos EUA, onde o crescimento em proeminência da indústria musical coreana tem visto artistas como BTS e Blackpink fazendo história esse ano nas paradas musicais americanas. “É apenas o começo para os EUA na cultura do K-pop,” reiterou BamBam, que também disse que “vai sonhar alto” e espera que eles possam finalmente lotar estádios com seus fãs. “Eu espero que mais tarde outros artistas do K-pop, quando vierem para os EUA, possam receber energia de nós também.”
Fonte: Forbes
ENG-PTBR: Peachy @ Tradução iGOT7 Union
Revisão: Ellen @ iGOT7 Union
Não retire sem os devidos créditos. Plágio é crime.
0 comentários